Colaboradora do Viva Rio participa de audiência pública sobre autismo

O Viva Rio marcou presença em uma audiência pública sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), realizada na Câmara Municipal de Vereadores de São Gonçalo, município do Rio de Janeiro, nessa quinta-feira (13). A nutricionista Andressa Louzada, 42 anos, que é autista e trabalha em uma das unidades básicas de saúde administradas pela instituição, foi convidada a compor a mesa e contribuir na discussão.

A audiência foi presidida pelo vereador Felipe Guarany e contou com a presença de representantes de secretarias do município, vereadores, organizações não governamentais, pais de autistas e cidadãos gonçalenses. Segundo o vereador responsável, o objetivo foi aprender mais sobre o TEA, ouvir a população e pensar formas de apoiar pessoas autistas através de políticas públicas.

Andressa Louzada, formada em Nutrição pela Universidade Federal Fluminense (UFF), trabalha no Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na Tijuca, há cerca de 6 meses. O convite para participar da mesa da audiência pública veio através da ONG TEAcolher, de São Gonçalo, que atuou na organização do evento. A instituição ajudou a nutricionista a se inserir no mercado de trabalho.

 

Andressa Louzada (segunda pessoa da esquerda para a direita) com a equipe do Viva Rio Eficiente

“Uma das preocupações de pais de autistas é o comportamento e desenvolvimento do filho quando for adulto. Eu fui chamada para mostrar, através das minhas vivências, que o autista pode ter sua vida profissional e pode seguir sua história, desde que tenha amparo e tratamento adequado”, conta.

Entre os vários assuntos abordados, Andressa reforçou a importância de pensar políticas públicas para autista adultos, e não apenas para crianças. “Como o autista tem rotinas fixas, que são importantes para garantir sua segurança e bem-estar, quando chega à vida adulta, tem que enfrentar uma nova rotina, que é o mercado de trabalho. É um desafio, então é importante prepará-lo para as novas vivências dessa fase. Os autistas adultos precisam de suporte e acompanhamento especializado”, enfatiza.

A equipe do Viva Rio Eficiente também esteve presente. Renato Freitas, coordenador do programa, teve oportunidade de falar durante a audiência. “Falei sobre empregabilidade para pessoas com deficiência e autistas. Conversei com vários vereadores e coordenadores de centros de reabilitação e estamos estudando parcerias”, conta Renato.

Andressa em atendimento no CMS Heitor Beltrão

Conheça a história de Andressa e a descoberta do autismo 

Andressa foi diagnosticada com grau 1 de autismo (leve, sem comprometimento intelectual) quando já era adulta, há aproximadamente quatro anos. A descoberta ocorreu após a doença de sua mãe, que teve um tumor cerebral. O adoecimento da mãe levou Andressa a realizar exame preventivo cerebral e avaliações com diferentes profissionais.

“Na consulta com a neurologista, ela perguntou sobre diversos aspectos da minha vida, desde a minha infância. Também fez o exame e constatou uma alteração. Fui encaminhada para o psiquiatra e neuropsicólogo. Após dois meses de avaliações neuropsicológicas, testes e entrevistas com pessoas que me conhecem, recebi meu diagnóstico de autista”, conta.

Para ela, foi um alívio finalmente compreender a si mesma. “Foi libertador porque tudo passou a fazer sentido. Entendi o motivo da minha dificuldade em relações sociais, meus padrões de comportamento, o meu gosto por rotina e os transtornos que os imprevistos me trazem, por exemplo. O laudo me trouxe libertação e me possibilitou buscar ajuda especializada para quem eu sou”, relata a nutricionista.

Fixação por rotinas, padrões restritos de comportamento, hiperfoco em determinados assuntos, estereotipia, como mexer nas mãos, e dificuldade com interações e convenções sociais são algumas das características que Andressa aponta em si mesma. “Se eu for convidada para uma festa, sei que ao final tenho que dar um ‘tchau’ coletivo para me despedir, não posso simplesmente sair, como eu fazia. Mas aprendi isso copiando os comportamentos socialmente aceitáveis para me inserir na sociedade”.

O primeiro emprego de Andressa, após formada, foi no CMS Heitor Beltrão, através do Viva Rio Eficiente. Ela relata que as dificuldades dos autistas no mercado de trabalho começam nas entrevistas. “Não sabia me comportar nas entrevistas, além de ser literal e ter dificuldade com alguns tipos de perguntas. Em uma das vagas que me candidatei, o profissional que me entrevistou não me viu como autista porque ele tinha em mente só o grau severo do autismo, ele não sabia que há graus de intensidade”, lembra.

Andressa Louzada atualmente faz especialização em Saúde Pública e se sente realizada pela oportunidade de exercer sua profissão. “Sou apaixonada pelo que faço. Nunca pensei em atuar na Saúde Pública, mas hoje amo. Tenho minhas limitações, mas consigo contorná-las com o acompanhamento psicológico que faço”, finaliza.

Articulação do Viva Rio promove treinamento para porteiros de unidade de saúde

Os porteiros das unidades de saúde da Área Programática 3.1, que compreende os bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro, receberam, nesta semana, um treinamento realizado pela equipe de Articulação do Viva Rio. De 28 a 31 de março, mais de 150 profissionais participaram da capacitação que teve por objetivo trazer novos conhecimentos e ferramentas que ajudem na melhor execução da função.

O treinamento aconteceu na Clínica da Família Paranhos Fontenelle, em Olaria, e nesta sexta-feira (31), foi realizado no auditório da Coordenadoria Geral de Atenção Primária 3.1, na Penha. Os temas abordados foram: Mediação de Conflitos, com o coordenador de Segurança Humana do Viva Rio, Pedro Braum; Diversidade, ministrado por Renato Freitas, coordenador do Viva Rio Eficiente; e Procedimento Operacional Padrão (POP), com as articuladoras sociais Josefa Tavares e Graciane Cristina.

 

Jairo Pereira foi um dos porteiros que recebeu a capacitação. Ele trabalha na Clínica da Família Rodrigo Roig, no Complexo do Alemão. Mesmo de férias, ele compareceu ao treinamento que, segundo ele, agregou muito em seu trabalho. “As palestras foram maravilhosas, esse diálogo com os gestores do Viva Rio é fundamental. Os articuladores estão de parabéns, pois têm nos ajudado a resolver todas as questões que surgem nas unidades. Também tive espaço para dar minha opinião, o que foi ótimo”, conta.

Para Cleide Araújo, articuladora social responsável pela área, o treinamento foi importante para relembrar aos profissionais de seus direitos e deveres, além de ser uma oportunidade de ouvir suas vivências nas unidades. “A ideia do treinamento é repassar (e relembrar) das obrigações que eles têm como cumprir corretamente o horário de trabalho e fazer ronda. Mas também é um espaço de troca, em que nós damos espaço para que eles falem um pouco sobre o que vivem nas unidades”, conta.

A articuladora Josefa Tavares também reforça que a capacitação trouxe um compartilhamento de experiências e opiniões muito positivas. “Assim como a gente leva conhecimento para eles, eles também trazem para nós uma nova perspectiva do trabalho, porque cada unidade tem suas particularidades”.

Josefa palestrou sobre o Procedimento Operacional Padrão (POP). Neste módulo, foi explicado como o funcionário deve se portar no ambiente de trabalho: vestimenta, tratamento que deve ser dado aos usuários, responsabilidades dentro da unidade, direitos e deveres e materiais que devem ser manuseados.

No tópico sobre mediação de conflitos, Pedro Braum, da Segurança Humana do Viva Rio, falou sobre alguns conceitos básicos para facilitar a rotina de trabalho dos porteiros. A importância da mediação, quais os instrumentos dela, o que é o ciclo do conflito, quais as ferramentas da mediação e da comunicação e a facilitação para se chegar a soluções, foram alguns dos temas abordados.

“Esses profissionais são a porta de entrada da unidade, fazem o primeiro contato com o usuário. É muito importante trazer o tema diversidade para que eles saibam tratar adequadamente todas as pessoas. Falei sobre equidade de gênero, etnia, pessoas com deficiência, LGBTQIAPN+, religião, naturalidade e grau de instrução”, conta Renato Freitas, coordenador do Viva Rio Eficiente e membro do comitê de Diversidade.

Doe sangue, salve vidas e ganhe folgas

A cada início de ano, em virtude de viagens de férias e festas de fim de ano, as doações de sangue costumam diminuir. Com isso, o Voluntariado Viva Rio retoma a campanha Salvando vidas gota a gota. A iniciativa, que acontece desde 2010, é uma ação permanente de estímulo à doação de sangue. O trabalho consiste em divulgar a importância do ato, encontrar doadores e levá-los até o local de coleta mais próximo. As doações acontecem em instituições parceiras, como o Hemorio, INCA, Santa Casa, entre outras, e os doadores contam com transporte para levá-los até os hemocentros. “Temos uma van que roda todo o Rio de Janeiro transportando doadores, geralmente do seu local de trabalho, até os pontos de coleta”, explica Jorge Dimitrescu, assistente administrativo do Núcleo de Desenvolvimento Social do Viva Rio, ao qual o Voluntariado pertence. 
 
Em 2023, a van terá saída sempre às quartas-feiras, às 10h, da sede do Viva Rio e para participar basta fazer o agendamento pelo link https://forms.gle/dRhU7rsNrV8j8ru46Contudo, funcionários que atuam fora da sede, assim como grupos de outras instituições, também podem procurar o Voluntariado para agendar saídas de outros locais. 
O Voluntariado ressalta, ainda, que a parceria firmada com o RH em 2022 continua valendo: por lei, todo funcionário tem direito a um dia de folga após doar sangue, mas, desde o ano passado, o Viva Rio está concedendo até duas folgas a mais (uma a cada doação.) Dessa forma, funcionários do Viva Rio podem receber até três folgas no ano, que podem ser acrescidas aos dias de férias.  Ao doar, o funcionário deve guardar o comprovante de doação e combinar o dia da folga com o seu chefe imediato, dentro do período de um ano.
 
O atendimento do Voluntariado funciona de segunda a sexta, das 09h às 18h, no Favela Hub, na sede do Viva Rio. Os canais de contato, inclusive para agendamento de transporte de grupos de doadores, são:

Telefone – (21) 2555-3750/2126-8600 ramal 3314

E-mail – progvoluntariado@vivario.org.br

Pedro Strozenberg é o novo Presidente do Viva Rio

Pedro Strozenberg, advogado e especialista em Direito Público, é o novo presidente do Conselho de Administração do Viva Rio, substituindo Sebastião Santos, jornalista, para um mandato de dois anos. A apresentação do novo presidente foi realizada em uma reunião de gerentes e supervisores, na sede da instituição em dezembro.

Pedro Strozenberg chegou ao Viva Rio em janeiro de 1994, através da cooperação com o Instituto de Estudos da Religião (ISER), quando se dedicou a uma pesquisa sobre criminalidade em Copacabana, que se desdobrou no policiamento comunitário, base para o GPAE (Grupo de Policiamento para Áreas Especiais) e posteriormente no policiamento de proximidade (UPP).

Pedro foi também um dos principais organizadores do Balcão de Direitos, projeto criado em 1996, que possibilitou a moradores de favelas a proteção jurídica e o acesso a documentos básicos. O Balcão de Direitos posteriormente se transformou em uma iniciativa de mediação comunitária de conflitos que se espalhou para vários estados do país. Pedro coordenou ainda a área de Segurança Pública e Direitos Humanos, com iniciativas de desarmamento e prevenção da letalidade.

Pedro Strozenberg retorna ao Viva Rio como Presidente

Em 2007 Pedro saiu do Viva Rio para, no ano seguinte, assumir a Direção Executiva do ISER, função em que esteve vinculado até 2020. Por quatro anos ainda, Pedro ocupou a tarefa de Ouvidor Geral da Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

Atualmente, Pedro Strozenberg é ouvidor-geral na Fundação Renova, entidade responsável pela mobilização para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido no dia 5 de novembro de 2015.

“Estou muito feliz nesse lugar, porque é um reencontro cheio de novidades. O Viva Rio é uma instituição inovadora, um diferencial importante para a sociedade civil do Rio de Janeiro e do Brasil. A instituição sempre trabalhou com temas valiosos para a população, especialmente a mais pobre, moradora da favela. O Viva Rio também tem contribuído para o desenvolvimento de políticas públicas”, fala, animado, Pedro Strozenberg.

Sobre os desafios e metas para 2023, ele aponta três principais: a primeira é a busca do fortalecimento da governança da instituição e das instâncias de transparência e controle; em segundo, fortalecer o espírito original do Viva Rio, a diversidade, a inovação e a ousadia; e em terceiro lugar, tornar a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração instâncias complementares, que não se confundam entre si”.

Rubem César Fernandes, Superintendente Estratégico e um dos fundadores do Viva Rio, fala da alegria em ter Pedro como parte da equipe: “É um novo momento da direção da instituição, sempre pensava no Pedro para assumir. E para minha surpresa ele aceitou. Estamos em um período em que olhamos para frente com entusiasmo

Encontro reuniu gerentes e supervisores de equipes

O Conselho de Administração do Viva Rio 

O Conselho de Administração tem como função olhar para o futuro e definir os grandes temas, além de discutir os caminhos pelos quais a instituição deve seguir. Preza um olhar institucional de médio e longo prazo, não se volta para questões cotidianas. Deve ser composto por membros internos e externos, de acordo com critérios do estatuto que rege as Organizações da Sociedade Civil. Tem uma composição plural, de pessoas com conhecimento nas áreas de intervenção do Viva Rio e que possam agregar na leitura do futuro e na sustentabilidade.

De acordo com Pedro, um dos papéis do Conselho é avaliar temas que deverão ser prioritários e qual enfoque o Viva Rio vai dar a esses temas.

“Por exemplo, agora tivemos uma mudança de governo. O tema do desarmamento, que faz parte da história do Viva Rio, está no cerne das nossas atividades e talvez seja um tema importante de trazer para o momento. Foi assunto proibido nos últimos quatro anos, que agora pode voltar com força ao debate”, reflete Pedro.

O novo presidente se propõe a organizar o Conselho de Administração com suas duas instâncias regulares, Compliance e Ouvidoria, que são porta de integridade, controle e escuta. Também vai reforçar o papel de análise de riscos que o Viva Rio tem assumido.

Ações do Voluntariado do Viva Rio engajam centenas de voluntários e beneficiam milhares de pessoas em 2022

Mais de 700 doadores de sangue, 800 livros entregues, 150 mechas de cabelo doadas e 5.064 peças de roupa são alguns dos números do Voluntariado do Viva Rio ao longo deste ano. Com campanhas permanentes e pontuais, o setor mobilizou centenas de voluntários.

O Voluntariado faz parte do Viva Rio desde o início da instituição, em 1993. O setor realiza ações que promovem saúde, cidadania, desenvolvimento social e sustentabilidade, especialmente para populações em situação de pobreza. Também atua em resposta a emergências, como desastres naturais e pandemias.

Cibele Dias, coordenadora do Voluntariado, comemora os bons resultados de 2022 e planeja números ainda mais expressivos para o próximo ano. Segundo ela, o objetivo é engajar cada vez mais os colaboradores do Viva Rio nas atividades. “O objetivo do Voluntariado é envolver os funcionários nas atividades. Somos uma organização social, portanto temos o social na veia. Pretendemos aumentar o número de ações no próximo ano. Vamos voltar com a campanha da taça para o setor que mais doar sangue, tanto na sede do Viva Rio como nas Clínicas da Família”, conta.

Para valorizar os funcionários que participaram das atividades deste ano, o Voluntariado homenageou aqueles que se destacaram. Ágatha Nunes, que trabalha no setor de Arquivo do Viva Rio, foi uma das homenageadas: “Já ajudei na separação de roupas, na organização de doações, também já doei sangue e sempre que puder vou doar. Estou disposta a ajudar as pessoas”.

Ao todo, foram 10 funcionários homenageados: Alzinete Reis, Sergio Santos, Fernanda Mattos, Luiz Carlos, Sylvia Haideé, Hermes Gabriel, Maisa Cruz, Thais Rafaella e Ágatha Nunes. Eles participaram ativamente das ações do Voluntariado, seja na separação de peças de roupa para as campanhas Solidariedade Petrópolis e Inverno Quente ou na doação de mechas de cabelo. Sergio e Fernanda, coroados Rei e Rainha do Viva Rio através de uma votação entre colaboradores, foram escolhidos pelo compromisso com a visão e os valores do Viva Rio.

Jorge Dimitrescu trabalha no Voluntariado e relata que isso o permite ter contato com realidades diferentes e valorizar a empatia. “O trabalho voluntário me ajuda muito como pessoa, pois me coloca em contato com aqueles que vivem em situação muito distinta da minha. O voluntariado indica responsabilidade e sociabilidade, quanto mais damos, mais recebemos”, relata.

Confira, abaixo, algumas das ações promovidas pelo Voluntariado em 2022:

Voluntário por um dia
O Voluntário por um dia foi criado como uma maneira de facilitar o engajamento de voluntários em ações solidárias dinâmicas e rápidas, como recreação e triagem de doações, feitas em um dia estipulado.

Doação de livros
A ação contribui para o acesso da população à cultura. O Voluntariado recebeu 20 caixas de livros, com 800 unidades de diversos títulos, que foram distribuídas nas unidades do projeto Espaço Nova Geração, em Niterói, nos hospitais Oceânico e Albert Schweitzer, além de instituições parceiras.

Salvando Vidas, Gota a Gota
Ao longo do ano, a campanha levou caravanas que totalizaram cerca de 700 doadores de sangue. A campanha acontece de forma ininterrupta com o objetivo de aumentar o estoque de sangue e hemoderivados nos hemocentros do Rio de Janeiro.

Solidariedade Petrópolis
A equipe do Voluntariado trabalhou ativamente na campanha Solidariedade Petrópolis, criada pelo Viva Rio e Academia Pérolas Negras para ajudar a população da cidade, devastada pelas fortes chuvas em fevereiro. Rapidamente foram mobilizadas pessoas, empresas e organizações na doação de roupas, alimentos e quantias em dinheiro.

A Fome Mora ao Lado
Ativa desde julho, a campanha A Fome Mora ao Lado arrecada alimentos não perecíveis para a montagem de cestas básicas. A população pode se mobilizar em sua vizinhança, condomínio, escola, faculdade ou empresa para arrecadar alimentos, que serão distribuídos pelo Voluntariado. A sede do Viva Rio e as clínicas da família Felipe Cardoso e Heitor Beltrão também servem como pontos de coleta.

Inverno Quente
Todo ano, o Voluntariado realiza a campanha Inverno Quente, que arrecada agasalhos e cobertores para pessoas em situação de rua ou moradoras de abrigos. Neste ano, a campanha bateu recorde de arrecadação: foram 5.064 peças de vestuário masculino, feminino e infantil, além de calçados e cobertores (novos e seminovos).

Oficinas de Matemática e de montagem e manutenção de computadores
Voltadas para capacitação profissional, foram promovidas duas oficinas entre setembro e outubro, destinadas a jovens da comunidade do Cantagalo. As atividades foram conduzidas por profissionais que se voluntariaram como instrutores nas duas áreas.

Ações no Outubro Rosa
Foram promovidas ações de conscientização e mobilização em torno do câncer de mama: apresentação do coral da Associação dos Amigos da Mama (Adama) para funcionários da sede do Viva Rio; participação na “Corrida e Caminhada Outubro Rosa”, promovido pela Corre Eventos ; roda de conversa com o tema “Câncer de mama: sorrir ou chorar?; campanha de doação de mechas de cabelo (ao todo 3kg arrecadados) usadas para confecção de perucas.

Criança Feliz, Natal Feliz 
Anualmente, o Voluntariado realiza a campanha, em parceria com shoppings do Rio de Janeiro, para arrecadação de brinquedos, que são doados para crianças de instituições parcerias do Viva Rio.

Para se informar sobre as ações do Voluntariado para 2023 e como participar entre em contato pelo e-mail progvoluntariado@vivario.org.br ou pelos telefones (21) 2555-3785 / (21) 98711-7692 / (21) 99917-2962

Viva Rio realiza Encontro da Reconciliação

Construir pontes e reconciliar famílias e fiéis foi o principal motivo que levou o Viva Rio a realizar o primeiro “Encontro da Reconciliação”, na Igreja Projeto Água a Vida, na Zona Norte de Niterói, nessa segunda-feira (07). O evento teve como objetivo aproximar pastores evangélicos bolsonaristas com aqueles que apoiaram Lula e que se distanciaram durante o período eleitoral. A expectativa é que novos encontros como este sejam realizados, em outras cidades.

O encontro contou com a presença de cerca de 15 pastores e representantes de igrejas evangélicas. O Superintendente Estratégico do Viva Rio, Rubem César Fernandes, abriu o evento pedindo que todos orassem em um esforço para iniciar a reconciliação das famílias divididas.

Quem também esteve presente, coordenando o encontro, foi o pastor e vereador Fabiano Gonçalves, que relatou uma cisão política em sua própria família. A mãe do pastor chegou a pedir que a questão política não fosse discutida em sua casa para que todos os filhos pudessem estar presentes em evento familiar. “Saio dessa noite com o coração quente, vamos fazer essa chama se espalhar. Eu creio nessa reconciliação” declarou o pastor Fabiano.

O Superintendente Estratégico do Viva Rio disse que nunca imaginou que voltaríamos a esse calor só visto na época da guerra fria, quando o mundo estava dividido em dois blocos antagônicos. “Essa divisão me tocou muito, e assim que passou a eleição, me perguntei por onde começar a plantar uma semente de reflexão para uma saída de círculo de ódio, que pode levar a um caminho sem futuro. Precisamos de palavras que abram caminhos, por isso pensei nesse encontro”, explicou Rubem César.

Durante mais de duas horas os pastores, missionários e convidados puderam expor seus pontos de vista e suas ideias. Apesar das divergências, todos os presentes entenderam que o momento é de reconciliação. “A igreja não pertence à direita ou à esquerda, pertence a Deus. Que esse grupo possa crescer, que esse “Ministério da Reconciliação” siga em frente. Nós oramos por famílias unidas esta noite. A unidade começa por esse grupo”, lembrou o pastor Fabiano.

Ao final, Rubem fez um balanço positivo do evento. “Foi muito bom a presença desse grupo que se mostrou disposto a conversar e se unir em uma causa única: a reconciliação”, finalizou.

 

COMUNICADO – Conduta dos colaboradores – Ano eleitoral / 2022

Com o objetivo de prevenir e evitar prática de atos que possam ser apontados como indevidos ou ilegais no período eleitoral, em conformidade com o que estabelece a Lei das Eleições (Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997), o Viva Rio esclarece:

1- É vedado aos colaboradores a realização de campanha eleitoral verbalizada, escrita ou digital nas dependências das unidades administradas pelo Viva Rio;

2- Nesse sentido fica proibido nas unidades de saúde, na sede e nos projetos sociais, a veiculação de propagandas político- eleitorais por meio de panfletos, botons, bandeiras, ou quaisquer indicativos de candidato ou partido nas vestimentas de colaboradores diretos e/ou terceirizados ou mesmos de prestadores de serviço;

3- Também está vedado a todos os colaboradores o ingresso, bem como o estacionamento de qualquer veículo, particular ou não, com propaganda eleitoral nas unidades administradas pelo Viva Rio;

4- A equipe responsável pelo controle de acesso está autorizada a impedir a entrada de pessoas ou veículos que se encontrem em situação que contrarie o contido nessa nota;

5- Todos os integrantes do Viva Rio são responsáveis pelo fiel cumprimento ao estabelecido na presente nota.

Agradecemos a colaboração,
DIRETORIA EXECUTIVA

 

Foto: Antonio Augosto/ASCOM/TSE

Centro Cirúrgico do Hospital Oceânico completa cinco meses com quase mil pacientes operados

Cinco meses após o primeiro paciente operado, o Centro Cirúrgico do Hospital Oceânico Dr. Gilson Cantarino, administrado pelo Viva Rio em Niterói, já acumula números expressivos. Com quase mil pacientes atendidos neste período, tem sido fundamental para a redução da fila de espera na cidade. A abertura do espaço na unidade veio com o avanço da vacinação, a queda dos casos de Covid-19 e o planejamento da prefeitura para que o hospital continuasse a atender a população da cidade.

Referência no combate a Covid-19 durante o auge da pandemia, a unidade passou a integrar a rede municipal de Niterói, com leitos e cirurgias clínicas. Desde 3 de março – quando aconteceu a primeira cirurgia – o hospital vem realizando procedimentos cirúrgicos. De março até julho foram realizados cerca de 1.150 procedimentos, totalizando mais de 800 pacientes atendidos.

O Centro Cirúrgico do Hospital Oceânico foi inaugurado em março de 2022

Iniciado com duas especialidades, cirurgia geral e oncologia, atualmente conta com equipes que se dividem em sete especialidades: urologia, vascular, proctologia, ginecologia, pequenas cirurgias (plásticas reconstrutoras e procedimentos não invasivos), além de geral e oncologia.

De acordo com a diretora do Hospital Oceânico, Gisela Motta, a unidade hoje dispõe de nove equipes médicas se revezando de segunda a sábado.

“Em março fizemos o primeiro mutirão de cirurgias, onde operamos sábado e domingo. A partir de abril, colocamos equipes também aos sábados, para dar mais celeridade no processo e atender mais pacientes”, explicou a diretora, que ressaltou que os procedimentos aos sábados irão continuar até a direção perceber que não há mais necessidade.

Sobre o Centro Cirúrgico 

O centro cirúrgico conta com três salas independentes onde intervenções podem ser realizadas (inclusive simultaneamente, caso precise). Toda a estrutura de exames (laboratoriais e de imagens) que o Oceânico já dispunha, está à disposição da equipe cirúrgica. Parte dos leitos da unidade foram separados e destinados para receber pacientes pré e pós operatórios.

Além disso, o hospital conta com consultórios exclusivos para pacientes que serão operados, onde todo o risco cirúrgico é realizado (inclusive com todos os exames pré-cirúrgicos sendo realizados na unidade).

Núcleo de Ensino e Pesquisa do Viva Rio promove rodas de conversa sobre saúde mental, álcool e drogas

O núcleo de Ensino e Pesquisa do Viva Rio começou, no mês de julho, uma série de rodas de conversa sobre saúde mental, álcool e drogas, na sede da instituição em Ipanema, no Rio de Janeiro. O primeiro tema foi “Álcool e Drogas: experiências e inovações sob a perspectiva da saúde mental e redução de danos”. O encontro contou com a palestra do pesquisador e coordenador do Programa Institucional Álcool, Crack e Outras Drogas (PACD) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Francisco Inácio Bastos.

O professor e pesquisador contou sobre suas experiências com projetos no Brasil e com políticas de redução de danos em diversos países como Alemanha, Canadá e Portugal. Essa estratégia de saúde pública busca controlar possíveis consequências adversas ao consumo de psicoativos, lícitos ou ilícitos.

Para Francisco Inácio, é possível avançar na discussão sobre essa área, apesar de não ser fácil. “Não estamos lidando com uma área simples, livre de conflitos, mas as experiências concretas internacionais e algumas poucas nacionais mostram que é perfeitamente possível avançar. Basta entendermos que não é algo para ser resolvido do dia para a noite, mas é possível fazer um trabalho, foi o que mostrei com minhas experiências profissionais e de vida”.

Segundo o pesquisador, o melhor caminho para começar a trabalhar com políticas públicas para a área de álcool e drogas é o diálogo entre diferentes membros da sociedade e instituições.

“Temos que começar fazendo uma coisa que não está fácil: promover um diálogo entre as pessoas, sem eliminar as diferenças. Acho que esse é o início de tudo, entender que atores sociais e instituições, ainda que com finalidades diferentes, podem se comunicar. Uma roda de conversa como essa é um embrião de um diálogo que pode ser ampliado, basta que as pessoas estejam abertas para lidar com outras perspectivas.”

Francisco Inácio Bastos e a integrante do núcleo de Ensino e Pesquisa do Viva Rio, Eliza Montalvão

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2021, o Brasil registrou mais de 400 mil atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas e álcool. Por isso, para a integrante do núcleo de Ensino e Pesquisa e analista de informação do Viva Rio, Eliza Montalvão, tratar da relação desses assuntos é importante para que se construa políticas públicas adequadas.

“Saúde mental ainda é uma pauta muito negligenciada na saúde pública. É importantíssimo a gente falar sobre isso e trazer experiências de outros países em relação à política de redução de danos, que foi deixada de lado nos últimos anos, dando espaço à uma política de abstinência. Precisamos retomar a discussão sobre a política de redução de danos, além de reforçar a relação entre saúde mental e uso de substâncias”.

A roda de conversa contou com a presença de mais de 40 colaboradores do Viva Rio, de diversas áreas de atuação, além do Superintendente Estratégico e fundador do Viva Rio, Rubem César.

Rubem César Fernandes, Superintendente Estratégico e fundador do Viva Rio, e Francisco Inácio Bastos

Viva Rio promove roda de conversa LGBTQIAP+

Relatos pessoais e profundos, que levaram às lágrimas e sorrisos, marcaram a primeira roda de conversa LGBTQIAP+ do Viva Rio, promovida pelo programa Cuidando de quem cuida. Mais de 30 colaboradores cisgêneros, gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros estiveram presentes em um espaço de troca e acolhimento na sede do Viva Rio, em Ipanema, no Rio de Janeiro.

“A gente se sente muito à vontade aqui dentro para ser quem somos. O Viva Rio foi a primeira empresa onde o meu marido não foi o primo que dividia o apartamento comigo”. Esse foi um trecho do relato de João Castilho, que trabalha no setor de abastecimento.

Colaboradores contaram suas histórias

O responsável pelo comitê de diversidade do Viva Rio, Renato Freitas, foi quem abriu a programação, e como gay, reforçou a importância da união e aproximação entre os colaboradores LGBTQIAP+ da instituição. De acordo com ele, a proposta é fazer encontros mensalmente.

Para Renato, a roda de conversa foi um marco na história da organização. “Quando a gente dá a possibilidade de fala, a pessoa se sente mais acolhida na instituição. Saí encantado de ver a participação das pessoas e o fato de terem se permitido viver esse momento. Essa roda só formaliza a diversidade que o Viva Rio sempre buscou ter”.

Todos os presentes contaram um pouco sobre sua história, tanto no contexto familiar quanto no mercado de trabalho. As dificuldades de aceitação, o apoio familiar e o acolhimento do Viva Rio foram algumas das pautas.“Ser quem a gente é, sem se preocupar com o que vão pensar ou dizer, é muito complexo. Queria que as pessoas não sentissem o medo da rejeição, o medo de não ser amado, que um dia eu senti”, relata Gustavo Telles da Silva, do setor jurídico.

O encontro reuniu colaboradores da sede e de unidades de saúde administradas pelo Viva Rio

A programação também contou com a presença do Superintendente Estratégico e fundador do Viva Rio, Rubem César, da psicóloga do Cuidando de quem cuida, Karen Jones, e da coordenadora do Voluntariado, Cibele Dias.

Haverá outra roda de conversa, dessa vez virtual, no dia 28 de junho, às 17h. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSclGzB-ghs3il-WwdOMjAJ1QEwVoi2mt6TNgM260j6w_2a5Gw/viewform