O suicídio muito além do Setembro amarelo

O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. No Brasil, foi criado em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), com a proposta de associar à cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

No entanto, é importante lembrar que esse é um tema do interesse de todos e que deve ser debatido constantemente.
No mundo as estatísticas relacionadas à questão do suicídio são preocupantes, e algumas das principais são:
● O suicídio é a 10ª maior causa de mortes em todo o mundo e a 2ª maior causa de morte entre os jovens;
● A cada 40 segundos, uma pessoa morre vítima de suicídio no mundo, totalizando, mundialmente, em mais de 1 milhão por ano;
● Em todo mundo esses índices se estabilizaram, mas continuam a crescer no Brasil, sendo maior entre adolescentes
Com dados tão alarmantes, é importante municiar os profissionais de saúde e a população com informações que podem ser fundamentais no auxílio a alguém que precise de ajuda. No dia 26 de Setembro, os colaboradores da Upa Irajá puderam aprender um pouco mais sobre como lidar com esse tema tão delicado.

Por meio da palestra proferida pela Dra. Simone Bastos, Médica Pediatra na Upa de Irajá, os participantes tiveram acesso a dados e informações sobre o suicídio no Brasil e no mundo.
Quais são os sinais que você precisa estar atento?
A decisão de tirar a própria vida é algo que possui múltiplos motivos, e na maioria dos casos, estão ligados a transtornos neuropsiquiátricos, sendo o principal deles, a depressão. Veja abaixo alguns dos sintomas que podem ser apresentados:

Tristeza constante na maior parte do dia, quase diariamente por no minimo 2 semanas (Dr. geraldo silva diretor sociedade brasileira de psiquiatria);
Baixa auto estima → menos valia
Tristeza profunda → dor e vazio, coragem e insegurança
Insonia → cansaço, falta de concentração, fraqueza
Oscilação de humor → tristeza x irritabilidade x euforia
Perda de interesse por coisas que o agradavam
Fragilidade emocional
Disturbios alimentares → bulimia x anorexia
Isolamento social
Para quem enxerga o problema do lado de fora, é muito difícil compreender o que se passa na cabeça de uma pessoa depressiva, e pela falta de empatia e ignorância em relação ao assunto, achar que é somente uma “fase passageira”.
Na adolescência os dados são ainda mais preocupantes. A Dra. Simone explica que os jovens possuem um ritmo acelerado no desenvolvimento do cérebro, gerando excesso de impulsividade e resultando na dificuldade de lidar com as frustrações.

O que você pode fazer para ajudar?
1 – Identificar
Estar atentos aos sinais e comportamentos das pessoas próximas à você.
2 – Avaliar
Avaliar a gravidade da situação de forma cautelosa e sem julgamentos
3 – Manejar
Tentar amenizar o sofrimento dando suporte e apoio para seguir em frente

4 – Encaminhar
Conscientizar a pessoa sobre a importância de um acompanhamento profissional.
Procurando ajuda
Se você está com pensamentos suicidas, é importante pedir ajuda. Fale com alguém próximo, conte para as pessoas o que passa pela sua cabeça. Ter alguém para conversar faz toda a diferença.
O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias, basta ligar para o número 188.

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