Ações do Voluntariado do Viva Rio engajam centenas de voluntários e beneficiam milhares de pessoas em 2022

Mais de 700 doadores de sangue, 800 livros entregues, 150 mechas de cabelo doadas e 5.064 peças de roupa são alguns dos números do Voluntariado do Viva Rio ao longo deste ano. Com campanhas permanentes e pontuais, o setor mobilizou centenas de voluntários.

O Voluntariado faz parte do Viva Rio desde o início da instituição, em 1993. O setor realiza ações que promovem saúde, cidadania, desenvolvimento social e sustentabilidade, especialmente para populações em situação de pobreza. Também atua em resposta a emergências, como desastres naturais e pandemias.

Cibele Dias, coordenadora do Voluntariado, comemora os bons resultados de 2022 e planeja números ainda mais expressivos para o próximo ano. Segundo ela, o objetivo é engajar cada vez mais os colaboradores do Viva Rio nas atividades. “O objetivo do Voluntariado é envolver os funcionários nas atividades. Somos uma organização social, portanto temos o social na veia. Pretendemos aumentar o número de ações no próximo ano. Vamos voltar com a campanha da taça para o setor que mais doar sangue, tanto na sede do Viva Rio como nas Clínicas da Família”, conta.

Para valorizar os funcionários que participaram das atividades deste ano, o Voluntariado homenageou aqueles que se destacaram. Ágatha Nunes, que trabalha no setor de Arquivo do Viva Rio, foi uma das homenageadas: “Já ajudei na separação de roupas, na organização de doações, também já doei sangue e sempre que puder vou doar. Estou disposta a ajudar as pessoas”.

Ao todo, foram 10 funcionários homenageados: Alzinete Reis, Sergio Santos, Fernanda Mattos, Luiz Carlos, Sylvia Haideé, Hermes Gabriel, Maisa Cruz, Thais Rafaella e Ágatha Nunes. Eles participaram ativamente das ações do Voluntariado, seja na separação de peças de roupa para as campanhas Solidariedade Petrópolis e Inverno Quente ou na doação de mechas de cabelo. Sergio e Fernanda, coroados Rei e Rainha do Viva Rio através de uma votação entre colaboradores, foram escolhidos pelo compromisso com a visão e os valores do Viva Rio.

Jorge Dimitrescu trabalha no Voluntariado e relata que isso o permite ter contato com realidades diferentes e valorizar a empatia. “O trabalho voluntário me ajuda muito como pessoa, pois me coloca em contato com aqueles que vivem em situação muito distinta da minha. O voluntariado indica responsabilidade e sociabilidade, quanto mais damos, mais recebemos”, relata.

Confira, abaixo, algumas das ações promovidas pelo Voluntariado em 2022:

Voluntário por um dia
O Voluntário por um dia foi criado como uma maneira de facilitar o engajamento de voluntários em ações solidárias dinâmicas e rápidas, como recreação e triagem de doações, feitas em um dia estipulado.

Doação de livros
A ação contribui para o acesso da população à cultura. O Voluntariado recebeu 20 caixas de livros, com 800 unidades de diversos títulos, que foram distribuídas nas unidades do projeto Espaço Nova Geração, em Niterói, nos hospitais Oceânico e Albert Schweitzer, além de instituições parceiras.

Salvando Vidas, Gota a Gota
Ao longo do ano, a campanha levou caravanas que totalizaram cerca de 700 doadores de sangue. A campanha acontece de forma ininterrupta com o objetivo de aumentar o estoque de sangue e hemoderivados nos hemocentros do Rio de Janeiro.

Solidariedade Petrópolis
A equipe do Voluntariado trabalhou ativamente na campanha Solidariedade Petrópolis, criada pelo Viva Rio e Academia Pérolas Negras para ajudar a população da cidade, devastada pelas fortes chuvas em fevereiro. Rapidamente foram mobilizadas pessoas, empresas e organizações na doação de roupas, alimentos e quantias em dinheiro.

A Fome Mora ao Lado
Ativa desde julho, a campanha A Fome Mora ao Lado arrecada alimentos não perecíveis para a montagem de cestas básicas. A população pode se mobilizar em sua vizinhança, condomínio, escola, faculdade ou empresa para arrecadar alimentos, que serão distribuídos pelo Voluntariado. A sede do Viva Rio e as clínicas da família Felipe Cardoso e Heitor Beltrão também servem como pontos de coleta.

Inverno Quente
Todo ano, o Voluntariado realiza a campanha Inverno Quente, que arrecada agasalhos e cobertores para pessoas em situação de rua ou moradoras de abrigos. Neste ano, a campanha bateu recorde de arrecadação: foram 5.064 peças de vestuário masculino, feminino e infantil, além de calçados e cobertores (novos e seminovos).

Oficinas de Matemática e de montagem e manutenção de computadores
Voltadas para capacitação profissional, foram promovidas duas oficinas entre setembro e outubro, destinadas a jovens da comunidade do Cantagalo. As atividades foram conduzidas por profissionais que se voluntariaram como instrutores nas duas áreas.

Ações no Outubro Rosa
Foram promovidas ações de conscientização e mobilização em torno do câncer de mama: apresentação do coral da Associação dos Amigos da Mama (Adama) para funcionários da sede do Viva Rio; participação na “Corrida e Caminhada Outubro Rosa”, promovido pela Corre Eventos ; roda de conversa com o tema “Câncer de mama: sorrir ou chorar?; campanha de doação de mechas de cabelo (ao todo 3kg arrecadados) usadas para confecção de perucas.

Criança Feliz, Natal Feliz 
Anualmente, o Voluntariado realiza a campanha, em parceria com shoppings do Rio de Janeiro, para arrecadação de brinquedos, que são doados para crianças de instituições parcerias do Viva Rio.

Para se informar sobre as ações do Voluntariado para 2023 e como participar entre em contato pelo e-mail progvoluntariado@vivario.org.br ou pelos telefones (21) 2555-3785 / (21) 98711-7692 / (21) 99917-2962

Viva Rio realiza Encontro da Reconciliação

Construir pontes e reconciliar famílias e fiéis foi o principal motivo que levou o Viva Rio a realizar o primeiro “Encontro da Reconciliação”, na Igreja Projeto Água a Vida, na Zona Norte de Niterói, nessa segunda-feira (07). O evento teve como objetivo aproximar pastores evangélicos bolsonaristas com aqueles que apoiaram Lula e que se distanciaram durante o período eleitoral. A expectativa é que novos encontros como este sejam realizados, em outras cidades.

O encontro contou com a presença de cerca de 15 pastores e representantes de igrejas evangélicas. O Superintendente Estratégico do Viva Rio, Rubem César Fernandes, abriu o evento pedindo que todos orassem em um esforço para iniciar a reconciliação das famílias divididas.

Quem também esteve presente, coordenando o encontro, foi o pastor e vereador Fabiano Gonçalves, que relatou uma cisão política em sua própria família. A mãe do pastor chegou a pedir que a questão política não fosse discutida em sua casa para que todos os filhos pudessem estar presentes em evento familiar. “Saio dessa noite com o coração quente, vamos fazer essa chama se espalhar. Eu creio nessa reconciliação” declarou o pastor Fabiano.

O Superintendente Estratégico do Viva Rio disse que nunca imaginou que voltaríamos a esse calor só visto na época da guerra fria, quando o mundo estava dividido em dois blocos antagônicos. “Essa divisão me tocou muito, e assim que passou a eleição, me perguntei por onde começar a plantar uma semente de reflexão para uma saída de círculo de ódio, que pode levar a um caminho sem futuro. Precisamos de palavras que abram caminhos, por isso pensei nesse encontro”, explicou Rubem César.

Durante mais de duas horas os pastores, missionários e convidados puderam expor seus pontos de vista e suas ideias. Apesar das divergências, todos os presentes entenderam que o momento é de reconciliação. “A igreja não pertence à direita ou à esquerda, pertence a Deus. Que esse grupo possa crescer, que esse “Ministério da Reconciliação” siga em frente. Nós oramos por famílias unidas esta noite. A unidade começa por esse grupo”, lembrou o pastor Fabiano.

Ao final, Rubem fez um balanço positivo do evento. “Foi muito bom a presença desse grupo que se mostrou disposto a conversar e se unir em uma causa única: a reconciliação”, finalizou.

 

COMUNICADO – Conduta dos colaboradores – Ano eleitoral / 2022

Com o objetivo de prevenir e evitar prática de atos que possam ser apontados como indevidos ou ilegais no período eleitoral, em conformidade com o que estabelece a Lei das Eleições (Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997), o Viva Rio esclarece:

1- É vedado aos colaboradores a realização de campanha eleitoral verbalizada, escrita ou digital nas dependências das unidades administradas pelo Viva Rio;

2- Nesse sentido fica proibido nas unidades de saúde, na sede e nos projetos sociais, a veiculação de propagandas político- eleitorais por meio de panfletos, botons, bandeiras, ou quaisquer indicativos de candidato ou partido nas vestimentas de colaboradores diretos e/ou terceirizados ou mesmos de prestadores de serviço;

3- Também está vedado a todos os colaboradores o ingresso, bem como o estacionamento de qualquer veículo, particular ou não, com propaganda eleitoral nas unidades administradas pelo Viva Rio;

4- A equipe responsável pelo controle de acesso está autorizada a impedir a entrada de pessoas ou veículos que se encontrem em situação que contrarie o contido nessa nota;

5- Todos os integrantes do Viva Rio são responsáveis pelo fiel cumprimento ao estabelecido na presente nota.

Agradecemos a colaboração,
DIRETORIA EXECUTIVA

 

Foto: Antonio Augosto/ASCOM/TSE

Centro Cirúrgico do Hospital Oceânico completa cinco meses com quase mil pacientes operados

Cinco meses após o primeiro paciente operado, o Centro Cirúrgico do Hospital Oceânico Dr. Gilson Cantarino, administrado pelo Viva Rio em Niterói, já acumula números expressivos. Com quase mil pacientes atendidos neste período, tem sido fundamental para a redução da fila de espera na cidade. A abertura do espaço na unidade veio com o avanço da vacinação, a queda dos casos de Covid-19 e o planejamento da prefeitura para que o hospital continuasse a atender a população da cidade.

Referência no combate a Covid-19 durante o auge da pandemia, a unidade passou a integrar a rede municipal de Niterói, com leitos e cirurgias clínicas. Desde 3 de março – quando aconteceu a primeira cirurgia – o hospital vem realizando procedimentos cirúrgicos. De março até julho foram realizados cerca de 1.150 procedimentos, totalizando mais de 800 pacientes atendidos.

O Centro Cirúrgico do Hospital Oceânico foi inaugurado em março de 2022

Iniciado com duas especialidades, cirurgia geral e oncologia, atualmente conta com equipes que se dividem em sete especialidades: urologia, vascular, proctologia, ginecologia, pequenas cirurgias (plásticas reconstrutoras e procedimentos não invasivos), além de geral e oncologia.

De acordo com a diretora do Hospital Oceânico, Gisela Motta, a unidade hoje dispõe de nove equipes médicas se revezando de segunda a sábado.

“Em março fizemos o primeiro mutirão de cirurgias, onde operamos sábado e domingo. A partir de abril, colocamos equipes também aos sábados, para dar mais celeridade no processo e atender mais pacientes”, explicou a diretora, que ressaltou que os procedimentos aos sábados irão continuar até a direção perceber que não há mais necessidade.

Sobre o Centro Cirúrgico 

O centro cirúrgico conta com três salas independentes onde intervenções podem ser realizadas (inclusive simultaneamente, caso precise). Toda a estrutura de exames (laboratoriais e de imagens) que o Oceânico já dispunha, está à disposição da equipe cirúrgica. Parte dos leitos da unidade foram separados e destinados para receber pacientes pré e pós operatórios.

Além disso, o hospital conta com consultórios exclusivos para pacientes que serão operados, onde todo o risco cirúrgico é realizado (inclusive com todos os exames pré-cirúrgicos sendo realizados na unidade).

Núcleo de Ensino e Pesquisa do Viva Rio promove rodas de conversa sobre saúde mental, álcool e drogas

O núcleo de Ensino e Pesquisa do Viva Rio começou, no mês de julho, uma série de rodas de conversa sobre saúde mental, álcool e drogas, na sede da instituição em Ipanema, no Rio de Janeiro. O primeiro tema foi “Álcool e Drogas: experiências e inovações sob a perspectiva da saúde mental e redução de danos”. O encontro contou com a palestra do pesquisador e coordenador do Programa Institucional Álcool, Crack e Outras Drogas (PACD) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Francisco Inácio Bastos.

O professor e pesquisador contou sobre suas experiências com projetos no Brasil e com políticas de redução de danos em diversos países como Alemanha, Canadá e Portugal. Essa estratégia de saúde pública busca controlar possíveis consequências adversas ao consumo de psicoativos, lícitos ou ilícitos.

Para Francisco Inácio, é possível avançar na discussão sobre essa área, apesar de não ser fácil. “Não estamos lidando com uma área simples, livre de conflitos, mas as experiências concretas internacionais e algumas poucas nacionais mostram que é perfeitamente possível avançar. Basta entendermos que não é algo para ser resolvido do dia para a noite, mas é possível fazer um trabalho, foi o que mostrei com minhas experiências profissionais e de vida”.

Segundo o pesquisador, o melhor caminho para começar a trabalhar com políticas públicas para a área de álcool e drogas é o diálogo entre diferentes membros da sociedade e instituições.

“Temos que começar fazendo uma coisa que não está fácil: promover um diálogo entre as pessoas, sem eliminar as diferenças. Acho que esse é o início de tudo, entender que atores sociais e instituições, ainda que com finalidades diferentes, podem se comunicar. Uma roda de conversa como essa é um embrião de um diálogo que pode ser ampliado, basta que as pessoas estejam abertas para lidar com outras perspectivas.”

Francisco Inácio Bastos e a integrante do núcleo de Ensino e Pesquisa do Viva Rio, Eliza Montalvão

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2021, o Brasil registrou mais de 400 mil atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas e álcool. Por isso, para a integrante do núcleo de Ensino e Pesquisa e analista de informação do Viva Rio, Eliza Montalvão, tratar da relação desses assuntos é importante para que se construa políticas públicas adequadas.

“Saúde mental ainda é uma pauta muito negligenciada na saúde pública. É importantíssimo a gente falar sobre isso e trazer experiências de outros países em relação à política de redução de danos, que foi deixada de lado nos últimos anos, dando espaço à uma política de abstinência. Precisamos retomar a discussão sobre a política de redução de danos, além de reforçar a relação entre saúde mental e uso de substâncias”.

A roda de conversa contou com a presença de mais de 40 colaboradores do Viva Rio, de diversas áreas de atuação, além do Superintendente Estratégico e fundador do Viva Rio, Rubem César.

Rubem César Fernandes, Superintendente Estratégico e fundador do Viva Rio, e Francisco Inácio Bastos

Viva Rio promove roda de conversa LGBTQIAP+

Relatos pessoais e profundos, que levaram às lágrimas e sorrisos, marcaram a primeira roda de conversa LGBTQIAP+ do Viva Rio, promovida pelo programa Cuidando de quem cuida. Mais de 30 colaboradores cisgêneros, gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros estiveram presentes em um espaço de troca e acolhimento na sede do Viva Rio, em Ipanema, no Rio de Janeiro.

“A gente se sente muito à vontade aqui dentro para ser quem somos. O Viva Rio foi a primeira empresa onde o meu marido não foi o primo que dividia o apartamento comigo”. Esse foi um trecho do relato de João Castilho, que trabalha no setor de abastecimento.

Colaboradores contaram suas histórias

O responsável pelo comitê de diversidade do Viva Rio, Renato Freitas, foi quem abriu a programação, e como gay, reforçou a importância da união e aproximação entre os colaboradores LGBTQIAP+ da instituição. De acordo com ele, a proposta é fazer encontros mensalmente.

Para Renato, a roda de conversa foi um marco na história da organização. “Quando a gente dá a possibilidade de fala, a pessoa se sente mais acolhida na instituição. Saí encantado de ver a participação das pessoas e o fato de terem se permitido viver esse momento. Essa roda só formaliza a diversidade que o Viva Rio sempre buscou ter”.

Todos os presentes contaram um pouco sobre sua história, tanto no contexto familiar quanto no mercado de trabalho. As dificuldades de aceitação, o apoio familiar e o acolhimento do Viva Rio foram algumas das pautas.“Ser quem a gente é, sem se preocupar com o que vão pensar ou dizer, é muito complexo. Queria que as pessoas não sentissem o medo da rejeição, o medo de não ser amado, que um dia eu senti”, relata Gustavo Telles da Silva, do setor jurídico.

O encontro reuniu colaboradores da sede e de unidades de saúde administradas pelo Viva Rio

A programação também contou com a presença do Superintendente Estratégico e fundador do Viva Rio, Rubem César, da psicóloga do Cuidando de quem cuida, Karen Jones, e da coordenadora do Voluntariado, Cibele Dias.

Haverá outra roda de conversa, dessa vez virtual, no dia 28 de junho, às 17h. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSclGzB-ghs3il-WwdOMjAJ1QEwVoi2mt6TNgM260j6w_2a5Gw/viewform

No Dia Mundial da Doação de Sangue, conheça o trabalho realizado pelo Voluntariado Viva Rio 


Mais de 400 doadores e cerca de 1500 vidas salvas. Esses foram os números da campanha Salvando Vidas Gota a Gota ao final de 2021. A campanha é uma ação permanente de estímulo à doação de sangue, realizada pelo Voluntariado Viva Rio desde 2010. O trabalho consiste em divulgar a importância do ato, encontrar doadores e levá-los até o local de coleta mais próximo. As doações acontecem em instituições parceiras, como o Hemorio, INCA, Santa Casa, entre outras, e os doadores contam com transporte para levá-los até os hemocentros. “Temos uma van que roda todo o Rio de Janeiro transportando doadores, geralmente do seu local de trabalho, até os pontos de coleta”, explica Jorge Dimitrescu, assistente administrativo do Núcleo de Desenvolvimento Social do Viva Rio, ao qual o Voluntariado pertence.

Desde sua criação, a campanha busca doadores dentro e fora do Viva Rio e funcionários de empresas como Furnas, Eletrobras, Metrô Rio e Coca-Cola já participaram. Para aderir à campanha, basta reunir, no mínimo, sete pessoas e entrar em contato com o Voluntariado para agendar a data e o transporte. No Viva Rio, Jorge explica que a maioria dos doadores é das unidades de saúde administradas pela instituição. Em 2021, por exemplo, a Clínica da Família Nilda Campos de Lima, da área programática 3.1, colaborou com a campanha com mais de 40 doadores.

Colaboradora da CF Nilda Campos de Lima

Este ano, as ações do Voluntariado já reuniram 287 doadores, somando aqueles que utilizaram o serviço de transporte e aqueles que participaram do evento de doação na sede do Viva Rio, realizado em março. Em parceria com o Hemorio, a campanha do Voluntariado também conta com um calendário de coletas de sangue na sede e em hospitais administrados pelo Viva Rio. A próxima coleta na sede acontecerá no dia 20 de julho e o objetivo é mobilizar moradores do entorno e funcionários, especialmente. Para isso, às vésperas do Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho, em parceria com o setor de Gestão de Pessoas, o Voluntariado lançou a campanha “Doe sangue e ganhe até 03 folgas no ano”.

Por lei, todo funcionário tem direito a um dia de folga após doar sangue, benefício que deve ser desfrutado dentro do período de um ano. Como estímulo, o Viva Rio está concedendo até duas folgas a mais (uma a cada doação.) Segundo a Gerente de Gestão de Pessoas do Viva Rio, Carolina Zattar, conceder as folgas para doadores é apenas um incentivo a mais da organização, que sabe a importância do gesto: “As campanhas de doação de sangue do Voluntariado fazem parte da história do Viva Rio, os colaboradores sempre são incentivados a doar e a adesão costuma ser boa. No entanto, hoje, nossa principal atuação é na saúde, inclusive fazendo a gestão de unidades hospitalares, e mais do que nunca sabemos a importância de melhorar os níveis dos bancos de sangue. A ideia das folgas surgiu para somar com o trabalho do Voluntariado e dos hemocentros”, explicou Carolina.

Ao doar, o funcionário deve guardar o comprovante de doação e combinar o dia da folga com o seu chefe imediato, dentro do período de um ano. O número de folgas poderá ser acrescido aos dias de férias. A recepcionista da sede do Viva Rio, Tatiana Regis, realizou a sua primeira doação em 2022 e pretende doar novamente no dia 20 de julho. “Meu filho ficou internado neste ano, ele sempre teve o sonho de ser doador, e no quarto onde ele estava tinham algumas pessoas precisando de sangue. Após a sua recuperação, me senti motivada a doar, aproveitei o evento de março na sede e realizei a vontade do meu filho. Pretendo continuar doando e a questão das folgas é um atrativo”, afirma a recepcionista.

Cartaz da campanha

O atendimento do Voluntariado funciona de segunda a sexta, das 09h às 18h, no Favela Hub, na sede do Viva Rio. Os canais de contato, inclusive para agendamento de transporte de grupos de doadores, são:

Telefone – (21) 2555-3750/2126-8600 ramal 3314

E-mail – progvoluntariado@vivario.org.br

 

 

No Dia Mundial sem Tabaco, conheça o trabalho das unidades básicas de saúde no combate ao fumo

Reunião do grupo antitabagismo da CF Lecy Ranquine – Foto: Pedro Conforte

“Tem dias que sonho que estou fumando, mas sei que fumar é horrível. A briga é diária, mas eu já entendi que isso faz mal pra mim e coloquei na minha mente que não quero mais”. Esse é o depoimento do ex-fumante Alexander Medeiros da Costa, de 50 anos. O agente comunitário de saúde da Clínica da Família Lecy Ranquine, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, conseguiu vencer o vício através do Programa de Controle do Tabagismo, feito nas unidades básicas.

Nas Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde do Rio de Janeiro existem grupos destinados àqueles que querem parar de fumar, como parte do Programa de Controle do Tabagismo. As 76 unidades básicas de saúde administradas pelo Viva Rio participam do programa e acompanham pacientes fumantes. Os grupos seguem as diretrizes do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, do Ministério da Saúde, que existe desde a década de 80 por meio do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Quando começou a trabalhar na Clínica da Família Lecy Ranquine, Alexander fumava de dois a três maços de cigarro por dia. Através da insistência de uma antiga gerente e do coordenador do grupo e profissional de Educação Física, Tarsio Monteiro, começou a frequentar os encontros antitabagismo. Sua maior motivação, no entanto, foi perceber o quanto o cigarro estava afetando a sua saúde.

“Comecei a ficar muito cansado, subia uma escada e já ficava ofegante. Minha respiração estava horrível, não conseguia jogar bola e nem fazer nada de exercícios físicos, pois tudo me cansava. Também estava percebendo constantes dores de cabeça. Eu ajudava o Tarsio na Academia Carioca e fazia mapeamento nos idosos. Comecei a verificar a minha pressão também e percebi que quando estava com dor de cabeça, a pressão estava alta. Com exames foi constatado que eu estava hipertenso.”

Depois de 28 anos fumando (desde os 16 anos), o agente comunitário de saúde parou de fumar há mais de 5 anos, em outubro de 2016, e hoje conta sua história como inspiração para novos participantes do grupo, que para ele foi fundamental nesse processo.

“Eu fazia mal não só a mim, mas às minhas filhas também, pois fumava dentro de casa, em qualquer lugar, não tinha muito respeito. Só depois, frequentando o grupo, é que percebi o mal que fazia. No grupo é mostrada a realidade do que o tabagismo causa e os benefícios de largar o cigarro. Hoje me sinto muito bem de saúde, foi ótimo para mim.”

Os grupos seguem cartilha do Ministério da Saúde. Na imagem, o ex-fumante Alexander – Foto: Pedro Conforte

O Programa de Controle do Tabagismo

Dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde apontam que no Brasil mais de 160 mil mortes anuais são atribuíveis ao tabaco, ou seja, em média 443 mortes por dia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo. A OMS aponta, também, que mais de 1 milhão de pessoas morrem todos os anos devido ao tabagismo passivo. Por isso, o Dia Mundial Sem Tabaco (31/05), foi criado em 1987, para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.

O Programa de Controle do Tabagismo, da prefeitura do Rio, tem cinco linhas de ação: ambientes 100% livres de fumo; tratamento para deixar de fumar; prevenção da iniciação no tabagismo; mobilização em datas comemorativas; e divulgação da legislação.

Na Clínica da Família Lecy Ranquine, o Programa de Controle do Tabagismo começou em 2016, com o profissional de Educação Física Tarsio Monteiro, a gerente da unidade Andrea da Silva e a enfermeira Maria Claudia Souza. Tarsio hoje coordena o grupo antitabagismo, destinado às pessoas que estão no processo de parar de fumar, o qual dá orientações e mostra as formas de tratamento e entendimento da dependência do tabaco.

Os grupos contam com uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiro, nutricionista, assistente social, psicólogo e educador físico. Na unidade há 10 pessoas nos grupos e mais 26 em fase de acompanhamento (quando passam do primeiro mês de tratamento).

No primeiro mês do grupo, são feitos um encontro por semana, no segundo, passam a acontecer quinzenalmente e a partir do terceiro mês é realizado um encontro mensal para avaliação do tratamento. Os encontros acontecem por 12 meses, após esse período, o paciente passa a ser considerado ex-fumante e recebe alta do programa.

Seguindo a cartilha do Ministério da Saúde, as quatro primeiras reuniões abordam os seguintes temas: entender por que se fuma e como isso afeta a saúde; os primeiros dias sem fumar; como vencer os obstáculos para permanecer sem fumar; benefícios obtidos após parar de fumar. Após abordado o tema semanal, os participantes têm a oportunidade de falar sobre suas experiências.

O coordenador do grupo Tarsio Monteiro com a participante Daniele Munike – Foto: Pedro Conforte

Daniele Munike, de 33 anos, é uma das participantes do grupo. Ela está há um mês sem fumar e esta é a primeira vez que tenta abandonar o cigarro. Fumante desde os 16 anos, ela teve no incentivo de um dos filhos (de 14 anos) a sua motivação para começar a frequentar o grupo. Ainda amamentando uma bebê de 1 ano e 6 meses, Daniele entende que deixar o tabaco vai ser bom para sua saúde e de sua filha.

“Acho que sou a mais nova de idade no grupo e vejo que não quero chegar aos meus 40, 50 anos sendo fumante. Eu vejo o que eles relatam, que sentem falta de ar, que não faz bem a eles e eu não quero ter que passar por isso também”. Ela ressalta que os encontros são livres de julgamento e têm sido de grande ajuda. “O Tarsio não nos critica, mas procura ajudar. Ali é um espaço de conselhos e palavras de incentivo”.

O coordenador Tarsio acredita que a saúde é um aspecto amplo, que envolve corpo e mente, por isso, se especializou para trabalhar com tabagismo. “O parar de fumar melhora os hábitos de vida, o aspecto motor, cardiorrespiratório e a autoestima do paciente. É nesse sentido amplo do cuidado com o paciente que a gente pensa”. Para ele, é gratificante acompanhar a melhora da qualidade de vida de seus pacientes.

As reuniões do Programa de Controle do Tabagismo na Clínica da Família Lecy Ranquine acontecem às quartas-feiras, 14h. Informações sobre abertura de turmas podem ser obtidas na unidade de segunda a sexta-feira, de 7h às 18h e aos sábados de 8h às 12h, no endereço Estr. do Campinho, S/n – Campo Grande, Rio de Janeiro.

 

Profissionais do Viva Rio são homenageados pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro

Em 12/05, quando se comemorou o Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro, profissionais do Hospital Municipal Albert Schweitzer (HMAS) – enfermeiros e técnicos de enfermagem – receberam o Prêmio de Honra ao Mérito Heróis da Enfermagem – “Olho no Olho:  Há vida por trás da máscara”. O diploma foi entregue pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) aos profissionais que se destacaram no combate à pandemia de covid-19.

A cerimônia de premiação contou com a presença da presidente do Coren-RJ, Lilian Behring. Os coordenadores técnicos de enfermagem do Albert Schweitzer, Diego Bacan e Douglas Andrade, também fizeram parte da mesa. Ao todo, foram seis homenageados da unidade: Sant Clair Neivas, Evandro da Cruz, Elizete Silva, Glaucia Fernandes, Carla Frades e Marques da Costa.

O objetivo da premiação é reconhecer profissionais que honram seu compromisso em salvar vidas, mesmo em um cenário inédito e desafiador. Todos os homenageados contraíram o vírus da covid-19 e foram eleitos por votação feita pelos colegas de categoria.

Sant Clair Neivas, que está no HMAS há sete anos, conta que atuar na linha de frente na pandemia foi o maior desafio que ele enfrentou em seus 21 anos de enfermagem. Sua mãe faleceu de covid-19, mas ele permaneceu firme em sua missão. “Éramos soldados na guerra em combate a essa doença que devastou o mundo. A covid-19 levou embora o maior amor da minha vida, minha mãe. Esmoreci, meu chão se abriu. Mas eu ainda tinha um desafio enorme pela frente, um compromisso com a sociedade, que é ajudar a salvar vidas. O percurso foi árduo, mas vencemos!”, conta emocionado.

Profissionais de enfermagem do Hospital Municipal Albert Schweitzer recebendo a premiação

Homenagem aos profissionais do Hospital Municipal Hugo Miranda 

Os colaboradores do Hospital Municipal Hugo Miranda, em Paraty, também receberam o Prêmio de Honra ao Mérito Heróis da Enfermagem, do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ), no dia 11/05. Ao todo, foram quatro profissionais homenageados: Neires Rosa e Thais Rodrigues (técnicas de enfermagem) e Dalva Cristina Ferreira e Leandro de Souza (enfermeiros).

A cerimônia de premiação – destinada aos municípios de Angra dos Reis e Paraty – contou com a participação da coordenadora do Prêmio Heróis da Enfermagem, Cristiane Bernardo, e da presidente do Coren-RJ, Lilian Behring. A gerente de enfermagem Jorwana Grisol Alves, do Hospital Hugo Miranda, também esteve presente.

 

Profissionais do Hospital Municipal Hugo Miranda que tiveram atuação de destaque no enfrentamento da Covid-19

Viva Rio Eficiente promove roda de conversa para pessoas com deficiência

“Vivi por muito tempo calada, reprimida. Nem a minha própria família conseguia entender a minha deficiência. Foram anos de silêncio. Eu não saía de casa nem para ir ao mercado. Com o passar do tempo, pude entender que sou normal e comecei a me valorizar. Meu primeiro emprego foi aos 38 anos, mas não fui reconhecida como PcD, então não tive meus direitos”.

Esse foi um trecho do relato de Reginalva Passos, Auxiliar de Serviços Gerais do Viva Rio, que participou do encontro. Ela perdeu quase toda audição aos 18 anos de idade, por causa de uma eclâmpsia, que ocorreu após o parto de seu primeiro filho.

O Viva Rio Eficiente promoveu no dia 29/04, a primeira roda de conversa voltada para pessoas com deficiência, na sede da instituição, no Cantagalo, em Ipanema. O bate-papo contou com a presença de 15 PcD, funcionários da instituição e moradores da região, que puderam compartilhar sobre suas experiências e histórias, dentro e fora de empresas.

A conversa foi um espaço aberto para que as pessoas com deficiência pudessem desabafar de forma livre sobre vários temas que permeiam suas vidas: os incômodos e as dores causadas pelo preconceito, a dificuldade de serem reconhecidos como capazes dentro e fora do mercado de trabalho, a importância de um posicionamento quanto às ofensas e formas erradas de tratamento e a necessidade de treinamentos sobre PcD para os funcionários.

O bate-papo reuniu PcD funcionários e moradores da região – Foto: Comunicação Viva Rio

Para Reginalva Passos, a roda de conversa serviu como um incentivo para que ela se abrisse. “Por ter sofrido tanto, eu não me achava capaz de nada, nem de trabalhar, nem de me aproximar de alguém. Ouvir as histórias dos outros me deu coragem de falar também. Achei muito importante mesmo esse momento”.

O bate-papo foi mediado pelo coordenador do Viva Rio Eficiente e do Comitê de Diversidade, Renato Freitas, e pela psicóloga do Cuidando de quem cuida, Karen Jones. Renato destaca a necessidade de dar voz aos mais de 200 colaboradores PcD e lutar para construir um ambiente de trabalho inclusivo e acolhedor.

“Hoje os nossos colaboradores precisam de um lugar de fala. De um lugar onde eles possam ser o que eles quiserem. Nesse nosso primeiro encontro, eles puderam falar sobre o que gostam e não gostam, como querem ser tratados, sobre onde querem chegar. O Viva Rio Eficiente luta para modificar, aos pouquinhos, a forma como a sociedade vê o PcD. A deficiência, na verdade, está na sociedade”.

O Viva Rio Eficiente é um programa que contrata e atende as pessoas com deficiência. Atua além da contratação, busca a inclusão do PcD na sociedade. “Está muito ligado à missão da instituição: promover a inclusão e a paz”, conta Renato.

A proposta é fazer duas rodas de conversa por mês, que vão circular pelas unidades administradas pelo Viva Rio.